Como funciona o aluguel de templos
As igrejas, que necessitam de grandes estruturas para comportar adequadamente seus membros, costumeiramente se veem cercadas pelas diversas questões abrangidas pelo setor imobiliário. E, no caso das congregações, o aluguel é geralmente a opção mais frequentemente utilizada.
Nesse cenário, muita gente não sabe ao certo quais são os direitos e quais são os deveres que os inquilinos — no caso, as igrejas — têm diante de algumas situações que podem vir a acontecer durante o período de locação.
Hoje vamos aprender alguns direitos dos inquilinos e quais cuidados devem ser tomados ao se alugar um imóvel. Então acompanhe:
Selecione um imóvel adequado
Na prática, o aluguel dos templos funciona como qualquer outro aluguel: é necessário oferecer, na maioria das vezes, uma garantia — como um fiador ou um adiantamento maior do valor para assegurar a locação de um ponto. As igrejas, em geral, devem buscar uma localização mais visível, com o objetivo de angariar mais membros. Se a igreja se estabelecer em um ponto mais residencial, vai ser preciso, também, observar o isolamento acústico do imóvel e verificar, constantemente, o volume dos equipamentos de som.
Tome os devidos cuidados
A legislação para os aluguéis é bem complicada, contendo vários casos muito específicos. É preciso, portanto, tomar alguns cuidados antes de se decidir pela locação de um imóvel. Confira agora mesmo algumas dessas especificidades e tome a cautela necessária:
O contrato
Os direitos e deveres dos inquilinos e dos locatários de qualquer imóvel devem estar claramente assegurados pelo contrato de locação. É necessário, então, ter muita atenção no momento do fechamento do negócio, para não se assinar um contrato com cláusulas abusivas.
Outro detalhe que deve ser verificado é se o imóvel em questão está realmente no nome do negociador do aluguel. Muitas vezes, a propriedade está no nome de outra pessoa, ou, por exemplo, de vários herdeiros, que também têm direito a receber parte do valor do aluguel. Certifique-se de que está lidando com o real proprietário do bem para evitar maiores problemas no futuro.
A vistoria
Exigir que o dono realize uma vistoria completa no imóvel é tão importante quanto assinar o contrato. Se possível, confira a realização dessa vistoria antes mesmo de fazer a mudança, a fim de detectar qualquer problema do imóvel antes de formular o contrato de ocupação.
As responsabilidades
Em caso de danos no imóvel, por exemplo, o inquilino deve sempre comunicar o problema ao proprietário e propor um acordo para que ambas as partes possam lidar com os prejuízos da melhor forma possível.
De forma geral, todo problema estrutural que o imóvel apresente é de responsabilidade do proprietário — como as infiltrações e rachaduras nas paredes, por exemplo. Já os problemas causados pelo uso diário do imóvel — como uma válvula de descarga frouxa ou uma torneira quebrada, por exemplo — são problemas do inquilino.
As reformas
Se você quiser reformar o imóvel, o proprietário deve ser previamente consultado, para que decida sobre a possibilidade de alterações no projeto original. Se for possível, é indicado alterar a formatação da propriedade somente usando divisórias facilmente removíveis, para não se alterar definitivamente a estrutura do bem.
As taxas
De forma geral, o pagamento das contas de água, luz e telefone são, obviamente, de responsabilidade do inquilino, já que é ele quem está usufruindo dos serviços. Já os impostos — como o IPTU, por exemplo — são de responsabilidade do proprietário. O contrato deve ser cuidadoso nesses aspectos, especificando e prevendo tudo.
Tenha cuidado antes de assinar um contrato de locação. Exija seus direitos! E se por acaso tiver alguma dúvida sobre o documento, é recomendável, antes de efetivamente decidir pela assinatura, procurar um advogado especialista no ramo imobiliário para rever suas cláusulas e aconselhá-lo a proceder da maneira mais justa e correta possível.
Agora comente aqui e nos conte: você já teve algum problema com o imóvel da sua igreja? Como foi feito o seu contrato de locação? Compartilhe conosco sua experiência!